Botticelli
O nascimento de Vênus(c.1485)
Têmpera sobre tela
172 cm x 278 cm
Galeria degli uffizi,
Florença (ITÁLIA)
Considerada sua obra mais famosa, o nascimento de Vênus exprime a espiritualidade do autor e sua preocupação com a beleza. A exemplo de primavera há varias interpretações possíveis para esse quadro. Vênus é tão frágil e delicada que, mesmo nua, nada sugere de erótico. Há quem a veja como um símbolo da humanidade desamparada á espera do renascimento de Deus por meio do batismo. Para outros, a deusa do amor personifica o ideal da verdade que, na doutrina platônica, identifica-se com a beleza. Alguns estudiosos do pintor enxergam na quietude do quadro a transição do artista para uma fase de recolhimento e rígida retidão moral. A pobreza de ornamento é o descarte de todo o supérfluo, a busca apenas do autentico e essencial.
A imagem que aparece a direita de Venus, preste a cobrir a deusa com o manto florido, é uma ninfa. Sua presença se refere ao poema de Homero, no qual talvez ele tenha-se inspirado. Á direita de Venus está Zéfiro, o deus do vento. Segundo a tradição mais corrente, a deusa do amor nasceu da espuma formada sobre o mar pelos testículos do céu. A deusa se oferece doce ao olhar do mundo, mas não parece frágil.
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